O grupo Jerónimo Martins, dono da cadeira Pingo Doce celebra no próximo dia 27 de setembro 225 anos, o aniversário vai ser comemorado com a inauguraçãoo do centro logístico para a região norte, localizado em Alfena, no concelho de Valongo.
O novo entreposto logístico, representa um investimento total de 75 milhões de euros, esta será a unidade mais moderna na Europa. O novo centro logístico deverá criar entre 267 a 390 novos postos de trabalho.
De recordar que o grupo Jerónimo Martins tem mais investimentos em curso no nosso país, cerca de 300 milhões de euros no total, em breve prevê abrir uma nova unidade de produção de leite em Portalegre. O leite da marca Pingo Doce é na sua maioria proveniente da Serraleite.
O Conde d` Ervideira Branco Reserva Alentejo DOC, que ganhou a medalha Grand Gold no Mundus Vini Summer Tasting 2017, este é o primeiro branco nacional a ganhar este prémio, esgotou num único dia. Da produção de 35 mil garrafas, restavam na herdade da Ervideira, no Alentejo, 20 mil, esgotaram todas, com encomendas da Suiça, Luxemburgo, Bélgica e Portugal.
Agora só em Maio de 2018 irá haver novamente Conde D`Ervideira branco. Para a produção deste vinho são usadas uvas da casta Antão Vaz.
No mesmo certame, 21ª edição da Mundus Vini Summer Tasting, foi também premiado um outro vinho branco da Ervideira, o Lusitano, com uma medalha de ouro, não a grande medalha, mas mais um excelente prémio. Trata-se de um vinho branco, aromatizado que está à venda por cerca de 5 euros.
A produção deste ano de Maçã de Alcobaça pode atingir as 50 mil toneladas passíveis de certificação, o que representa um crescimento superior a 50%, sendo uma das melhores campanhas de sempre.
No ano de 2016 a produção teve perdas de 40%, ou seja menos 15 mil toneladas, esta maçã produzida em Alcobaça, tem "Indicação Geográfica Protegida de Maçã de Alcobaça".
Para o crescimento que agora se verifica na campanha de 2017, contribuíram o aumento de 10 a 20% de novos pomares na região, mais eficazes e com uma qualidade muito superior e acrescentam produção aos valores habituais 5 mil toneladas. Nos próximos dois anos estima-se que a área plantada suba de 1.200 para 1.500 hectares.
A campanha 2017/18, está avaliada num volume de negócios de 40 milhões de euros, vai primar ainda pela qualidade e sabor do fruto.
A fraca produção no ano passado teve efeitos sobretudo ao nível das exportações, que baixaram de 29% para 12%, as perspectivas é de que este ano o peso das exportações regresse aos 30%.
A Associação Portuguesa da Maçã de Alcobaça vai avançar com um clube de exportadores, para as organizações de produtores atuarem juntas no mercado externo, passando a ter uma imagem coletiva, caracterizada por um padrão de qualidade mais elevado. Os principais mercados externos são a Inglaterra, o Brasil e a Irlanda, agora o objectivo é chegar a novas geográfias os mercados Árabes e Africanos, são a grande aposta, dentro de cinco anos as exportações devem ter um peso de 50%.
As prateleiras do leite e das natas têm perdido espaço nos supermercados pois as bebidas de soja, amêndoa, coco ou aveia têm agora um lugar de destaque. O conceito de vida saudável aliado a estes produtos está a levar vários consumidores a optarem pelas bebidas vegetais em detrimento dos tradicionais lacticinios. Os preços destas bebidas são bastante superiores ao do leite UHT, mas mesmo assim o seu consumo continua a subir em flecha. Nos últimos anos a subida anual tem sido na ordem dos dois digitos.
A Alpro, gigante do sector e líder de mercado em Portugal, estando a crescer 20% ao ano, não com bebidas de soja mas, sobretudo, com outras opções vegetais, iogurtes, natas e sobremesas. A segunda marca do sector é a espanhola Vive Soy, no final de 2014 nasceu uma concorrente nacional, a Nutre fabrica a partir de Vagos produtos para as marcas de distribuição (como por exemplo: Continente e Pingo Doce) e ainda a marca portuguesa Shoyce. A Shoyce, é a única marca nacional no mercado, que até aqui era apenas feito de produtos importados. Em pouco mais de 15 meses de actividade a empresa já detinha 70% da quota de mercado das bebidas de soja das marcas de distribuição. Passado pouco tempo começou também a exportar os seus produtos para a Europa e Ásia.
Actualmente a capacidade produtiva da Nutre em Vagos é de 40 milhões de litros de bebidas vegetais, 45 milhões de barras e 10 milhões de sobremesas de soja.
A bebida Shoyce é o único produto no mercado com o sabor e o perfil nutricional mais próximo do leite, tornando-a numa bebida nutricionalmente mais rica e com maior poder de saciar as necessidades de reposição de alimento ao organismo. O sabor, cálcio, vitaminas, proteínas os mesmos do leite,a diferença está na proteína ser de origem vegetal em detrimento da animal, não contendo lactose e com menos açucar.
Apesar do consumo de bebidas vegetais estar a crescer bastante em Portugal, a margem de crescimento é enorme pois o consumo em Portugal ronda os 19 milhões de litros, como dado comparativo em Espanha são cerca de 165 milhões de litros de bebidas de soja por ano. Daí também a aposta da Shyoce no mercado espanhol. O mercado global destas bebidas é de 19,2 mil milhões de litros.
Quando a Shyoce chegou ao mercado estava focada apenas nas bebidas de soja, mas a soja não é o único substituto de leite de vaca que os portugueses procuram, a aveia, o arroz, a amêndoa e até o coco estão a ganhar um lugar e a Shoyce não quis ficar para trás. Alargando assim a sua oferta. Hoje é uma marca de bebidas vegetais. Passado três anos a gama Shoyce é enorme e promete continuar a crescer, actualmente o portefólio de produtos disponibilizados pela marca: cinco bebidas vegetais (soja, arroz, aveia, amêndoa e coco), um complemento culinário, uma gama direccionada para os mais novos "Shoyce Júnior" e ao primeiro sojagurte líquido do mercado "Shoyce Yo".
Actualmente trabalham na marca Shoyce cerca de 50 pessoas. A Nutre promete continuar a crescer investindo constantemente na formulação de novos produtos vegetais.
A Shoyce foi reeleita no início do ano como Produto do Ano 2016 na categoria de Bebidas Vegetais, agora com o seu produto direccionado para crianças, o Shoyce Júnior, depois de em 2015 ter sido eleita com o Shoyce Original.
A IKI Mobile, marca portuguesa de telemóveis anunciou esta sexta-feira (15 de Setembro de 2017), o investimento de cerca de 1,6 milhões de euros na criação da primeira fábrica de telemóveis da Península Ibérica, um projeto que abre ainda este ano em Coruche e que irá criar 50 postos de trabalho.
A marca portuguesa estabeleceu uma parceria com o El Corte Inglês e passou a estar presente nas lojas do grupo espanhol.
O telemóvel topo de gama da IKI Mobile, o KF5 Bless Cork Edition, estará a um preço de 249,99 euros, smartphone que se destaca como sendo o primeiro, a nível mundial, feito com componentes de cortiça, material antibacteriano e hipoalergênico.
O administrado da IKI Mobile, Tito Cardoso considera que é a altura ideal de entrar no grande retalho, agora que a marca terá uma fábrica que permitirá ter autonomia para trabalhar os seus produtos, sem depender de terceiros.
Foi inaugurada pela GLN Plast, fabricante e distribuidor de peças de plástico técnicas, uma nova linha de produção de cápsulas para a Delta Q, na Marinha Grande.
Este novo investimento permite duplicar a capacidade de produção, aumentando para 10 milhões de cápsulas por semana, para a empresa Delta de Campo Maior.
Esta parceria de duas empresas portuguesas, A GLN e a Delta são o resultado de um trabalho conjunto e em crescendo, que vem uma vez mais reforçar a inovação e sustentabilidade do negócio do grupo.
A GLN, adquirida pela Gestmin em 2014, e a Famolde comprada em 2016, fazem agora parte do Grupo GLN e são hoje especializadas no fabrico de moldes técnicos de elevada precisão. Exporta 75% da produção total e tem como clientes principais as industrias de automóvel, electrica e de embalagem.
O Sector do calçado em Portugal está melhor do que nunca, as exportações estão a crescer 6%, dados do primeiro semestre deste ano. Desde 2010 foram criados 9000 postos de trabalho, no entanto agora o sector depara-se com a falta de mão de obra especializada para poder continuar crescer. Sendo uma das prioridades a atracção de jovens para a indústria do calçado.
Luís Onofre presidente da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS) considera que o calçado nacional se tem afirmado de uma forma muito imponente, sendo um sector reconhecido como um dos principais no mundo a nível de qualidade e design. Portugal necessita de ajudar as marcas nacionais a ter uma maior visibilidade a nível mundial, para isso vão ser usados programas de promoção do calçado português, com grande enfoque nos Estados Unidos, "mercado onde vamos entrar em força", refere Luís Onofre em entrevista ao Dinheiro Vivo.
A indústria do calçado português é responsável pelo fabrico de grandes marcas internacionais, agora tem como desafio fazer uma marca própria, usando todo o know how, este é um dos grandes objectivos de Luís Onofre para a indústria nacional agora que preside a APICCAPS.
Segundo Luís Onofre a fileira do calçado em Portugal é enorme e variada. A nível desportivo seremos, provavelmente, dos melhores do mundo. Tal como nos distinguimos no calçado de segurança. A apostar no segmento de luxo, ainda existem poucos. Uma das prioridades de Onofre é a indústria 4.0 que abarca diversas realidades, inovação, desenvolvimento de novos materiais e de novos equipamentos com grande foco no digital, não só na criação de lojas online, mas também dando particular atenção à comunicação e marketing digital. Existem diversas empresas na vanguarda da tecnologia, mas ainda existe muito a fazer.
A indústria portuguesa de calçado está bem viva e tem-se vindo a adaptar às novas exigências do mercado. No próximo ano Portugal vai receber o Congresso da União Internacional de Técnicos da Indústria do Calçado (UITIC), que terá a presença de 400 técnicos internacionais.
Luís Onofre diz que actualmente a grande pedra no sapato é a falta de mão de obra no sector. "As pessoas que temos são poucas o que nos obriga a recorrer a horas extraordinárias, e temos até tentado sensibilizar o Governo para que as horas sejam um prémio para os funcionários e não taxadas da forma injusta que são. Estamos todos de acordo, mesmo a nível sindical. Se as horas continuarem a ser taxadas desta forma injusta os funcionários não as querem fazer e eu tenho de os compreender. Espero que haja uma sensibilização nesse sentido, é algo em que o Governo devia pensar".
Para tentar recrutar jovens para a indústria do calçado têm sido feitas visitas a escolas secundárias para dar a conhecer a nova realidade do sector, que é algo atractico e com emprego quase garantido. Foram lançados cursos no centro tecnológico, em áreas como o design, a qualidade, o digital ou o marketing. E cursos nos meses de férias para os jovens que querem dar os primeiros passos nesta indústria.
Para além da já referida falta de mão de obra o sector tem outras áreas que necessita de melhorar, como é o caso da logística, com a sazonalidade do sector porque a produção de inverno tem de ser entregue toda em Julho e Agosto, depois existe um período morto até entrar a nova colecção. Na altura de grande produção, não existem mãos a medir para conseguir responder às encomendas, tendo a indústria de recorrer às horas extrordinárias. Outro factor negativo é o absentismo que é bastante elevado, existem linhas em que falta uma pessoa e que toda a produção é posta em causa tendo de parar, refere Luís Onorio na entrevista ao Dinheiro Vivo.
A enorme aposta nos Estados Unidos
Apesar das recentes mudanças políticas nos Estados Unidos, a aposta naquele mercado é para continuar pois os americanos gostam daquilo de bom que se faz na Europa, daí a grande campanha que está a ser preparada para conquistar aquele mercado. O "ataque" ao mercado norte americano será feito no final do próximo ano, onde poderá ser feita uma feira própria, algo dedicado ao calçado de luxo. Poderá ser feito algo com os italianos, unindo esforços de forma a ganhar escala.
Exportações do sector
No primeiro semestre de 2017, Portugal exportou 43 milhões de pares de calçado, no valor de 960 milhões de euros. Os resultados significam um crescimento de 6,3% face ao ano anterior.
Para a União Europeia, as exportações registaram um acréscimo de 5,2%, sendo o maior comprador a França (onde subiram 4%, para 202 milhões de euros), seguido da Alemanha (mais 8%, para 181 milhões de euros) e a Holanda (mais 6%, para 136 milhões de euros).
O saldo comercial com o gigante do sector é positivo, a Itália comprou no primeiro semestre, a 27 milhões de euros em calçado nacional, enquanto as importações ficaram na marca dos 24 milhões.
Portugal exporta 95% da sua produção de calçado, sendo o mercado fora da europa o que mais cresce, mesmo antes da grande campanha que se está a preparar para os Estados Unidos, o mercado americano cresce 7% para 35 milhões de euros. A Rússia (mais 32%, para 13 milhões de euros), Canadá (mais 30%, para 12 milhões de euros), Angola (mais 126%, para 11 milhões de euros) e Japão (mais 6%, para 11 milhões de euros).
Desde 2009, as vendas de calçado português nos mercados internacionais teve um crescimento de sensivelmente 60%, passando de 1.200 milhões para praticamente 1.950 milhões de euros em 2016. Este ano prevê-se o número histórico das exportações, batendo todos os recordes.
O grupo sueco H&M abriu em Londres, no passado mês de Agosto a primeira loja da nova marca Arket. Esta será a marca com o conceito de moda mais escandinavo do grupo, estão já previstas lojas em Copenhaga e Bruxelas.
As colecções da marca Arket vão ter por base peças básicas que vão sendo alteradas conforme a época do ano. As lojas têm duas áreas distintas, de vestuário e de artigos para a casa. As marcas como a Adidas e a Nike, mas também a loiça da portuguesa Bordallo Pinheiro têm presença nas lojas Arket.
A Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha foi fundada em 1884 por Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905).
Ao longo dos anos, as Faianças artísticas Bordalo Pinheiro, mantêm na sua produção peças em louça decoradas com elementos vegetais e animais em relevo, procurando assim manter o design e a colecção do seu mestre, garantindo uma qualidade superior, desenvolvendo linhas que se ajustam de algum modo à tradição que sempre a tem distinguido.
A empresa passou por momentos dificeis, tendo estado no horizonte o encerramento da fábrica no entanto os problemas foram solucionados em 2009, com a aquisição feita pelo grupo Visabeira dona da Vista Alegre. Na altura trabalhavam na Bordallo Pinheiro 172 funcionários.
Expansão
A Bordallo Pinheiro vai receber um investimento de 7,7 milhões de euros, o que permitirá aumentar a unidade industrial para os nove mil metros quadrados resultado da junção de três fábricas. O crescimento das encomendas não está a permitir nas actuais instalações dar resposta aos pedidos dos clientes, algo que só poderá ser conseguido com a expansão da fábrica.
Actualmente a Bordallo Pinheiro conta com cerca de 200 colaboradores, mas com a produção nas novas instalções em velocidade cruzeiro o número de trabalhadores vai subir para 250, algo que só deverá acontecer em 2019.
O grupo Vista Alegre voltou aos lucros em 2016, depois de vários anos de perdas. A facturação teve um crescimento de 5% para 75,4 milhões de euros. As exportações da Bordallo Pinheiro tem vindo a crescer, com a aposta em novos mercados, tendo um peso de 49%.
A marca não tem parado de lançar diversas novidades, pois o legado de Rafael Bordalo Pinheiro é enorme tendo inúmeras peças, mas também através parcerias com artistas nacionais e internacionais para peças exclusivas.
Os artigos da Bordallo podem ser encontrados nas lojas próprias da marca, na loja de fábrica nas Caldas da Rainha (inclui espaço Outlet), nas lojas Vista Alegre e ainda em diversas lojas multimarca em todo o país.
A marca portuguesa Ambar vai apostar numa nova área de negócio, virando-se para os brinquedos científicos e didáticos, este novo passo da empresa nortenha vai provocar uma mudança de instalações, a fábrica da Ambar deixa o Porto e passa a ser em Barcelos. Esta mudança ocorre devido à necessidade de aumento da área de produção devido à nova aposta nos brinquedos ciêntificos.
A nova fábrica da Ambar começa a ser construida em 2018, a mudança definitiva só acontece no ano de 2019, altura em que de espera que a nova marca a Ambarscience esteja já a ser produzida em velocidade cruzeiro. A marca foi hoje apresentada no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões.
O investimento para esta nova etapa da empresa é de 500 mil euros, esperando que dentro de 2 a 3 anos, esteja a representar 20% do negócio. Neste momento, a faturação divide-se entre o material de escritório (35%), o material para a escola, mochilas e estojos (25%) e material de uso no lar, como agendas, papel de fantasia, sacos para prendas e livros de receitas (10%).
Inicialmente a nova gama Ambarscience vai estar disponível nos pontos de venda da Ambar, nomeadamente papelarias e grande distribuição, mas a exportação é um dos objectivos da marca, aproveitando os canais que tem actualmente a nível internacional.
Estão a trabalhar na Ambarscience 30 colaboradores. Na Ambar actualmente trabalham 110 funcionários, de recordar que em 2014 eram 78. A empresa passou por um período bastante conturbado, muitos diziam que seria o fim da marca, que esta não teria viabilidade, no entanto a empresa conseguiu superar a crise. Em 2013, a faturação foi de cerca de 2 milhões, agora com uma nova gama, o crescimento internacional espera chegar aos 15 milhões de euros já em 2019.