Pêra Rocha: A Campanha de 2017 já começou
Em 1836, com origem numa árvore obtida por semente ocasional, foi identificada uma pereira diferente, na propriedade "terra da Rocha" de Pedro António Rocha, situada no concelho de Sintra, mais precisamente na Ribeira de Sintra cujos frutos eram de uma qualidade invulgar, nasceu assim a pêra-rocha. Presentemente a sua produção encontra-se abrangida por uma Denominação de Origem Protegida e fica situada na região do Oeste, pelo que passou a ter o nome de pêra-rocha-do-oeste. No Brasil é conhecida como pêra-portuguesa.
Em Portugal são produzidos cerca de 220 mil toneladas de pêra rocha e exporta 60% da sua produção. A campanha deste ano está no início e prolonga-se por três semanas de trabalho intenso.
Na região há mais de 20 organizações de produtores e alguns produtores com os centros de recolha e a máquina comercial montada, dado a sua dimensão. A pera-rocha tem qualidade e atributos diferentes que a colocam com um produto de elevado potencial exportador. Tem uma capacidade de conservação ao frio e de resistência, o que lhe dá grandes vantagens competitivas. É possivel ter o fruto em optimas condições passados 8 a 9 meses da apanha, o que permite embalar a fruta e despacha-la para paragens mais longínquas como o Brasil.
A área de pomar tem vindo a aumentar de ano para ano, permitindo aumentar a produção. O Brasil é o principal mercado de exportação, mas a Inglaterra, França, Alemanha e Marrocos também têm uma boa quota de exportações. O objectivo é continuar a aumentar as exportações não descurando o mercado nacional que absorve 40% da produção.
A procura de novos mercados e destinos é novo desafio pois com a instalação de novos pomares, cada vez há mais produção, desta e de outras frutas. Os EUA, a Jordânia e o México, devem ser os próximos mercados a terem a nossa pêra-rocha.
No entanto não é apenas na região Oeste que se produz este fruto, na zona de Mangualde, Moimenta da Beira, Ferreira do Zêzere, até ao Alentejo tem apostado nesta cultura. Mas nossas condições climatéricas da região Oeste faz com que seja a maior zona de produção e com qualidades acrescidas.
Este ano a produção deve andar na ordem das 200 a 230 mil toneladas. A campanha necessita de muita mão de obra pois, é um fruto colhido à mão, não é possível a mecanização da apanha.