Portugal é o 4º maior exportador mundial de Azeite
Em 2016 Portugal exportou o valor de 434 milhões de euros em azeite, número avançado pelo secretário de Estado da Agricultura, Luís Vieira.
A produção de azeite quadruplicou nos últimos dez anos e as exportações triplicaram, permitindo atingir um excedente da balança comercial de 170 milhões de euros em 2016. Recorde-se que em 2008 o nosso país tinha um défice de 50 milhões de euros, ou seja, a produção nacional não era suficiente para cobrir o consumo interno, levando o nosso país a recorrer ao mercado internacional para suprir esse deficit.
No ano passado, Portugal passou a ser o sétimo produtor mundial e o quarto maior exportador; esta mudança de paradigma acontece graças à entrada em produção de novos olivais, sobretudo na região de Alqueva onde o aumento das áreas de regadio aliado ao investimento inovador e tecnológico dos novos pomares foram os grandes responsáveis pelo elevado aumento da produção. O Alentejo é responsável por 76% de todo o azeite produzido em território nacional.
Em 2020, a produção de azeite no nosso país poderá atingir 120 mil toneladas devido ao aumento de novos olivais; de referir que uma produção desta escala não se verificava desde os anos 50 do século passado.
Quanto ao sector exportador o nosso país tem conseguido encontrar novas regiões geográficas interessadas na qualidade do azeite nacional, pois a crise do preço de petróleo (que abalou os dois maiores importadores de azeite nacional, Angola e Brasil) obrigou os produtores a encontrarem alternativas para o escoamento da produção.
O Brasil representa 30% das vendas da Gallo que exporta 75% da sua produção. Também o grupo Sovena (Oliveira da Serra e Andorinha) tem uma enorme expressão em terras de Vera Cruz com a sua marca Andorinha.
Ao que tudo indica a produção de azeite em Portugal vai continuar a aumentar pois as novas áreas de plantação vão crescer principalmente no Alentejo. No entanto, as perspetivas de crescimento mantém-se elevadas, pois o governo português anunciou um aumento de 47 mil hectares da área de regadio de Alqueva, investimento que vai permitir o aumento da área produtiva de olival e de outras culturas.